Dr. Francisco de Menezes
Dias da Cruz e sua esposa dona
Rosa de Lima Dias da Cruz
recebem em seu lar ao alvorecer
do dia 27 de fevereiro de 1853, no
Rio de Janeiro, um robusto
menino de peso normal e, como
contava o pai, abrindo os
p u l m õ e s, m o s t r a n d o t e r
reencarnado num corpo perfeito e
saudável. Era o que poderia estar
faltando na vida desses pais que
aguardavam ansiosos esse filho,
que seria a total felicidade para o
casal.
O menino, pela escolha do pai
orgulhoso, teria seu nome,
portanto, no futuro, poderia ser
chamado de Júnior, sem que
viesse a constar da certidão de
nascimento, ou “Chiquinho”,
brincava o pai, com severas
censuras da mãe, que dizia que o
menino só atenderia pelo
primeiro nome, isto é, Francisco.
O pai, Dr. Francisco de
Menezes Dias da Cruz, era
médico muito conceituado pelos
préstimos que desenvolvia, com
amor em sua profissão. Era
professor da Faculdade de Medicina, onde fazia questão
que o interesse do estudante de medicina tivesse sua
capacidade voltada não apenas para obter um diploma de
médico, visando só ao título e ao
status, que isso poderia dar
meios de vida confortável.
Ensinava aos alunos o dever
humanitário de lidar com a dor
alheia. Acarinhar quando
preciso e ser enérgico com os
d e s a v i s a d o s q u e s e
comprometiam tremendamente
com o Criador, por não cuidar da
saúde do corpo, pelos vícios a
que se deixavam levar,
ocasionando tantos dissabores
a ele, enfermo, e à família.
Por todos esses fatores e
sendo muito respeitado pelo
povo, não conseguiu resistir ao
convite que lhe fora feito para
pertencer ao “Partido Liberal no
Rio de Janeiro”. Achou que
muito poderia realizar, em favor
do povo ma i s ca r e n t e ,
moradores em regiões da
periferia.
Conseguiu, através do
P a r t i d o L i b e r a l , o n d e
praticamente atuou em grande
parte de sua existência,
benefícios que muito ajudou aos
hospitais do Rio de Janeiro e arredores.
Francisco de Menezes Dias da Cruz (filho) cresceu
nesse ambiente saudável. Lar onde Deus estava em
primeiro lugar, pelas preces de agradecimento que o
menino Francisco ouvia todos os dias, pela manhã, antes
das refeições e à noite para um bom repouso físico. Suas
idéias começavam a ter influências do pai que já
acreditava na continuidade da vida.
Dr. Francisco Dias (pai) era profundo simpatizante da
Doutrina Espírita. Quando os fenômenos das “mesas
girantes” começaram a ser propaladas no Brasil, ele era
um jovem recém-casado. E quando apareceu o
lançamento de “O Livro dos Espíritos” em 1857, ele já
contava com 31 anos e o pequeno Francisco com quatro
anos.
A formação do Dr. Dias (filho) fora, portanto, bem
cuidada. As sementes foram plantadas em seu coração.
Mesmo com pouca idade, já demonstrava em suas
atitudes ser um espírito que teria reencarnado com um
potencial valioso, no aproveitamento das lições, que a
vida por certo que lhe traria, no transcorrer de sua longa
caminhada reencarnatória. Seus pais foram valiosos exemplos de honestidade e
religiosidade, dando a ele
segurançaemseu futuro.
Transcorre assim a vida do
jovem Francisco, que sempre
se mostrara ser um aluno bem
comportado e estudioso.
Dessa forma, passa a integrar
o curso de medicina, que
desde criança lhe chamava a
a t e n ç ã o p o r m a n t e r
conversações sérias a
respeito da profissão que o pai
exercia com tanto apreço e
interesse pelas criaturas
enfermas. Queria saber e
entender a formação do corpo
físico. E como o pai, chega a receber seu tão esperado
diploma de médico.
Durante esse trajeto, foi ele bibliotecário na Câmara
Municipal trabalhando intensamente para auxiliar as
pessoas na busca de bons livros que as ajudassem em
uma formação mais convincente perante os semelhantes.
Porém, com a Proclamação da República, seus
adversários políticos e religiosos, aproveitando a ocasião,
o denunciaram como monarquista, o que o fez perder
então seu cargo e emprego. Mas como já havia adquirido
seu diploma de professor de matemática, passou a dar
aulas no colégio Pinheiro, onde conseguiu concluir o curso
de humanidades.
Quase concluindo seu curso de medicina, vem a
conhecer uma jovem por quem se enamora e contrai
rapidamente o compromisso das núpcias, sendo sua
esposa, dona Adelaide Pinheiro Dias da Cruz, que foi
recebida com muita alegria no seio da família.
Poucos dias haviam se passado do casamento e da
formação médica do jovem Francisco, quando uma
tragédia acontece.
O Dr. Francisco (pai) havia sido convidado a
comparecer em uma cerimônia realizada na Igreja do
Sacramento. Quando, não se sabe por que, foi ele ferido
por uma baioneta, vindo a falecer em razão dos ferimentos
sofridos. Durante a confusão, pois a Igreja estava lotada,
ninguém se apercebeu do fato, só registrado quando o
corpo caiu ao chão. Ficou, porém, a incógnita: crime
político ou a enorme simpatia que irradiava nos meios
hospitalares?
Isso abalou profundamente as entranhas do já então
médico, Dr. Dias (filho). Os cuidados para com o coração
despedaçado de sua mãezinha o deixaram mais
revoltado. Seus interesses religiosos ficaram retidos, mas
os conceitos que havia adquirido de seu pai, em torno da
dor, lhe renderam mais ações humanitárias.
Trabalhou para realizar seu ideal em ter uma Clínica
onde pudesse atender os mais desfavorecidos da sorte. E
conseguiu. Grande era o número de necessitados que
socorria com o mesmo carinho que dava aos que podiam
pagar pelos tratamentos ali obtidos. Dizia que, dessa
forma, parecia ouvir as orientações de seu pai, em torno
dos casos mais difíceis que lhe exigiam mais atenção.
Era ele admirador da Ciência Homeopática, desde a
sua época de estudante de Medicina. Obtendo maiores
conhecimentos em torno da Homeopatia, foi convidado a
presidir o Curso de Hahnemann e logo após, presidiu o
Instituto Hahnemaniano do Brasil.
Embora seu cabedal de cultura como médico,
professor, orientador de pessoas com graves problemas
psíquicos, não conseguia esquecer o acontecimento
fatídico da morte de seu pai. Revivia constantemente a dor
ocasionada no coração de sua mãezinha, que, sem
resistir a esse fato, vem a deixá-lo, partindo com uma
morte, que para ele poderia demorar pela saúde que dona
Rosa apresentava. Ela era dinâmica e sua recordação era
de sempre vê-la sorrindo e trabalhando com seu pai,
ajudando-o nas enfermarias, como voluntária, atenta e
receptiva à dor alheia.
Eeterna era a perguntaemseu cérebro:
— Por que tirarem a vida de alguém que sempre fora
generoso, de uma maneira tão brutal?
Mas como o amparo divino está presente eternamente
na vida de todo ser humano, Jesus confiava nessa criatura
que reencarnara com a tarefa de dar continuidade à obra
iniciada por seu pai. Iria esse filho tão amado voltar a sentir
o reacender da fé cristã em seu coração? E eis que
alguém, freqüentador das reuniões espíritas na
Federação Espírita Brasileira, vem ao encontro do
médico, Dr. Dias, e o coloca a par do ocorrido nas
reuniões.
Contava essa pessoa que o pai, Dr. Dias da Cruz,
estava receitando, através dos médiuns freqüentadores
da Casa Espírita, medicações homeopatas que muito
estavam auxiliando aos enfermos que delas faziam uso. E
esses remédios eram fornecidos pela própria Federação,
orientados com palavras edificantes do próprio Dr. Dias
(pai).
Curioso com o fato, Dr. Dias decidiu averiguar a
verdade do que se falava. Dirigiu-se à Federação, tomou
conhecimento do início da reunião e, sem dizer palavras a
ninguém, sentou-seemmeio à assistência.
O dirigente dos trabalhos, após agradecer a presença
dos encarnados na Casa, passou para a prece, saudando
a todos os espíritos ali presentes. Passou-se à leitura d'O
Evangelho Segundo o Espiritismo e comentou-se o
referido trecho. Até aí, o
médico não sentiu e nem
ouviu nada que lhe desse a
certeza de seu pai ali estar. Já
estava prestes a deixar o
local, quando um dos
médiuns, participante da
r e u n i ã o , s e n t i u a
manifestação mediúnica.
Alteando a voz, pediu:
— Por favor, caro amigo,
peço-lhe para chamar meu
filho, Francisco, que aqui se
encontra nessa abençoada
reunião!
Ao ouvir seu nome,
exatamente como o pai lhe
chamava quando tinha algo
importante a lhe dizer, atordoado e meio desconfiado, Dr.
Dias conseguiu levantar-se e aproximar-se da mesa de
estudos.
Após a emoção do espírito comunicante, e, num tom
paternal, Dr. Dias (pai), erguendo um pouco a mão numa atitude amistosa, disse ao filho:
E revelou a ocorrência que apenas ambos conheciam.
Atônito, Dr. Dias (filho) nunca mais duvidou da doutrina,
que passou a estudar, buscando os ensinamentos no
mesmo “O Livro dos Espíritos”, que seu pai tanto lia.
Compreendeu, daquele momento em diante, que havia
muito trabalho a ser feito, começado por seu pai, em
atendimento à carência de amor entre as criaturas.
Ele não poderia perder mais tempo com indagações já
superadas. Não deveria persistir em assuntos
ultrapassados. Seu pai lhe dera de volta a convicção de
continuar a viver e a exercer o “bem”. Não tinha o que
duvidar da comunicação. Ninguém o conhecia
intimamente, muito menos o médium, que era muito
jovem. E o fato a que o pai se referira era de conhecimento
só deles. Portanto, não poderia constranger seu genitor.
Iria dali para frente mostrar-se digno e reconhecido a
Deus.
A primeira palestra a ser pronunciada pelo Dr. Dias da
Cruz foi exatamente na Federação Espírita Brasileira em
1885. Trabalhava bravamente em levar aos descrentes o
Evangelho. Participava de todos os Movimentos Espíritas,
defendendo a Doutrina e incentivando o estudo
doutrinário, baseado nos estudos de Allan Kardec, que já
apareciam nos meios espíritas com assiduidade, sem
mais tantas discussões primárias, em defesa das
comunicações das “mesas girantes”.
Ocupava Dr. Dias o cargo de vice-presidente da
Federação, quando, por motivos de trabalho, Dr. Bezerra
de Menezes, que era Presidente da Casa, teve que
afastar-se por um tempo do cargo, sendo eleito o Dr. Dias
da Cruz. Exerceu seu mandato até 1893, com muito
dinamismo e responsabilidade, quando foi substituído por
Júlio César Leal, espírita rigoroso em suas análises
referentes à Doutrina, pois seu respeito para com os
estudos fiéis ao Cristo era reconhecido por seus artigos
nos periódicos da época. Era jornalista, poeta, teatrólogo
e romancista. Exerceu muito bem esse cargo, quando
volta novamente a ocupá-lo o nobre Dr. Bezerra de
Menezes.
Dr. Bezerra de Menezes continuou o amplo trabalho de
assistência material que Dr. Dias havia
iniciado em sua gestão, em conjunto com
a assistência espiritual, desenvolvida com
carinho e amor ao próximo. Muitos foram
os companheiros que ajudaram Dr. Dias
nesse trabalho, enviando dinheiro,
roupas, alimentos, remédios, que foram
encabeçados pelo amigo e espírita
senhor Bernardino Cardoso. Este o
ajudou também a manter a clínica que era
dirigida pelo Dr. Dias, doando
mensalmente uma alta soma em dinheiro,
mas nunca tendo sido revelado seu nome,
a seu próprio pedido. Só veio a público
após seu desencarne, quando,
emocionalmente, Dr. Dias fazia seus
agradecimentos pela ajuda constante
desse amigo que partira. Talvez tivesse se
deixado levar pela emoção e, por
“ i n c i d e n t e ” , a c a b o u
deixando escapar o
segredo do amigo e
colaborador.
Por toda dedicação e
serviços prestados à causa
doutrinária, Dr. Bezerra de
Menezes, em 1896, propõe
à diretoria da Federação
Espírita aclamar o Dr.
Francisco de Menezes Dias
da Cruz presidentehonorário
da mesma, o que
foi aceito por unanimidade.
Foi também Dr. Dias
dirigente e presidente da
Revista Reformador, órgão de propagação da doutrina, na
qual ele escrevia artigos polêmicos, mas assinava suas
colaborações sob o pseudônimo de “Um Espírita”. Foi
autor do livro “O Professor Lombroso e o Espiritismo”.
Querendo facilitar e também ampliar os trabalhos da
Federação Espírita, em 1891, tentou adquirir um prédio
próprio para montar uma oficina tipográfica para imprimir o
Reformador e as obras espíritas num geral, mas sua
pretensão não chegou a ser concluída por falta de
recursos. Talvez a espiritualidade estivesse aguardando
o momento mais oportuno para esse empreendimento de
grande vulto, como veio a acontecer mais tarde.
Como Dr. Dias era muito responsável em tudo o que
realizava, quis fazer voltar o uso dos remédios
homeopáticos, por ser ele, como já mencionado, um
grande defensor dessa área médica.
No ano de 1900, ele reorganiza o Instituto
Hahnemaniano do Brasil, que fora criado em 1879 pelo
médico que, na época, era conhecido como o médico
homeopata do Império, o Dr. Saturnino Soares de
Meireles. Foi ele, portanto, o primeiro presidente dessa
sua criação. Esse chamado “médico do Império” fora
honroso defensor da causa criada e pesquisada pelo Dr.
Samuel Hahnemann. Como a Homeopatia fora a
causadora de muita polêmica entre os médicos, como
ainda o é hoje, Dr. Dias aliou-se a defendê-la e, após
“ressuscitá-la”, alugou no centro da cidade do Rio de
Janeiro, na Rua da Quitanda nº 59, uma casa onde abriu
seu consultório, fazendo voltar a funcionar
aí o Instituto Hahnemaniano do Brasil.
Foi dada a presidência do mesmo ao
também famoso e continuador das
pesquisas homeopáticas, o Dr. Joaquim
Murtinho, que ajudou a incentivar e criar
novas atividades de atendimento ao
público, juntando-se à vontade do Dr. Dias
em fazer mais adeptos para o bom
aproveitamento dessas medicações.
Com a morte do Dr. Murtinho, vem a
presidir o Instituto, por um ano, o Dr.
Teodoro Gomes, numa presidência
temporária, até que o Dr. Dias, como vicepresidente,
pudesse encontrar outro
colega que se mostrasse afeito à causa
médica homeopática. Após esse período,
meio turbulento, Dr. Dias conseguiu fazer
com que o Dr. Licínio Cardoso, que lhe
— Francisco, meu filho, você se lembra daquele
acontecimento que ocorreu conosco na praça em que
costumávamos passear, para trocarmos confidências?
parecia ativo, viesse a
ocupar o cargo, sem
maiores atritos na área
científica. Juntos
realizaram valiosos
serviços destinados
aos esclarecimentos
do uso da homeopatia.
Dr. Dias via crescer
o profundo interesse
dos alunos formados
em medicina em
querer entender mais
sobre a matéria. Por
isso, formulou vários cursos dedicados aos
esclarecimentos sobre a homeopatia e seus efeitos entre
os pacientes. Isto porque já estava se tornando evidente o
quanto a homeopatia favorecia o organismo sem
prejudicar ou alterar as funções do corpo humano.
Havia ainda uma outra preocupação: o Dr. Dias
esperava o momento oportuno para retornar aos meios da
classe médica para ressurgir um periódico denominado
“Anais de Medicina Homeopática”, cuja publicação fora
interrompidaem1884.
Em 1901, conseguiu ele ressuscitar a Revista,
tornando-se o principal redator e, como presidente desse
órgão, fez com que os “Anais de Medicina Homeopática”
se colocassem em posição honrosa, pois ficou sendo
praticamente obrigatório consultar essa Revista, pelos
artigos dos mais renomados médicos homeopatas ou não,
contidos nela.
A dedicação do Dr. Dias em defender o uso da
homeopatia era tanta, que certa feita travou uma polêmica
seríssima com o Dr. Nuno de Andrade, que era
completamente contrário ao uso homeopático. Dizia esse
médico que o efeito da homeopatia sobre casos graves
como epidemias, febres ou outra causa orgânica, que
essa “água destilada”, nada faria, pois seu efeito seria
nulo. Dr. Dias energicamente comprovava que a “água
destilada” possuía o maior efeito que se poderia ter, pois
era necessário ir de encontro ao
“porquê” da doença se manifestar.
E foi isso que o grande criador e
p e s q u i s a d o r d a f u n ç ã o
homeopática no organismo
concluiu, que o “semelhante atrai o
semelhante”.
Partindo desse princípio, ele
deixou a descoberta principal, que
o ser humano, ajudado pelos bons
fluidos homeopáticos, poderá
superar o mal que atraiu para si
mesmo. Salvo, naturalmente, os
desígnios de Deus. Porém, o Dr.
Nuno de Andrade era Diretor Geral de Saúde Pública,
portanto, sua posição deveria ser preservada, pois muito
havia de preconceitos sobre o uso da homeopatia. Como
ele, sempre que podia, agredia verbalmente seu colega
tão conceituado na área médica, foi exonerado do cargo
que ocupava, porque, muito preocupado em defender seu
orgulho, relaxaraemseu trabalho.
Em sua proveitosa estada no corpo físico, Dr. Dias não
parava em acumular mais tarefas. Colaborou
i n t e n s a m e n t e n a
reorganização do
ensino da Faculdade
H a h n e m a n i a n a ,
fundada em 1912,
d e n o m i n a d a
posteriormente “Escola
de Medicina e Cirurgia”.
Lecionou aí na Cadeira
de Farmacologia e,
depois, na primeira
Cadeira de Matéria
Médica, dando, com
isso, sua colaboração
em atualizar o Ensino nessas áreas, sendo um verdadeiro
mestre para a nova geração. Foi também designado o
orador oficial desse “Instituto” por sua facilidade de
comunicação e carisma.
Em1926, o então presidente, Dr. Licínio Cardoso pediu
seu afastamento por motivo de saúde e ficou aclamado
por unanimidade a ocupar o cargo o Dr. Dias da Cruz, por
seus relevantes serviços prestados, com o valor moral,
por sua capacidade intelectual e por sua fidelidade no
emprego convicto da homeopatia.
E de 25 a 30 de setembro de 1926, foi realizado, com
todo esforço e determinação, o 1º Congresso Brasileiro de
Homeopatia, sob a presidência honrosa do Dr. Francisco
de Menezes Dias da Cruz.
Mesmo com todo esse currículo de atividades, não
faltava às reuniões e organizações que lhe eram
facultadas, e na Federação Espírita Brasileira, junto com o
Dr. Bezerra, prestava assistência aos carentes que
vinham em grande número para serem consultados por
essas duas figuras eminentes do Espiritismo.
Sua eloqüência em desenvolver os temas Doutrinários
fazia com que o auditório da Federação do Rio de Janeiro
ficasse lotado, pelo envolvimento que o Dr. Dias produzia
com sua tranqüilidade ao relatar fatos sobre a vinda do
Cristo àTerra.
Muitos são os espíritas por esse Brasil afora que
honram suas Instituições ou
trabalhos realizados com o nome
do Dr. Dias da Cruz. Como grande
exemplo a esse respeito, foi
fundado o “Instituto Espírita Dias da
Cruz” em 27 de janeiro de 1907, em
Porto Alegre, Rio Grande do Sul,
portanto, há um século atrás, com
mil atividades em homenagem a
esse emérito “médico dos pobres”,
a mesma alcunha dada ao tão
amado espírito Dr. Bezerra de
Menezes.
Essa Instituição possui um
Albergue Noturno, com a capacidade de abrigar 100
pessoas, adultos e crianças, que recebem todo tipo de
atendimento, inclusive uma palestra religiosa por dez
minutos. Há também uma creche para atender 153
crianças, durante o dia, de 0 a 7 anos. Essas crianças
recebem todo atendimento, desde alimentação até
assistência médica. O Instituto também faz a distribuição
de enxovais mensais, atendendo a gestantes num
trabalho voluntário com assistência geral, desde como cuidar do bebê até higiene. Outros serviços são:
distribuição de roupas e medicamentos, atendimento
odontológico e ensino de informática.
Além disso, ainda há Assistência Espiritual, com
orientações e palestras da Doutrina Espírita, com base
nos ensinamentos deAllan Kardec.
Esta é apenas uma entre tantas Instituições que
abrigam em seus quadros de atendimento físico e
espiritual sob a égide do Dr. Dias da Cruz.
E após a trajetória física desgastar seu funcionamento
orgânico, Dr. Dias da Cruz, com seus 84 anos bem vividos
e dedicados ao bem de seus semelhantes, partiu para a
pátria de origem no dia 30 de outubro de 1937. Seus
deveres em vida foram cumpridos, desde as curas
realizadas em sua Clínica, como defensor e propalador da
homeopatia, como honrado professor e incansável em
afirmar que a Doutrina Espírita talvez já fizesse parte de
sua vida em outras reencarnações, só estava oculta em
seu interior, esperando que seu pai viesse despertá-lo. E
dizia, “graças a Deus isso aconteceu!”
Fonte: http://www.espiritismoeluz.org.br/seareiro/seareiro_03_2007.pdf
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Esta semana, fui atendida por esse médium fantástico Dr. Francisco, no Centro Emmanuel, em Campo Grande /MS, e acabei o meu repouso hoje.Então vim a internet saber mais sobre a vida dessa pessoa cheia de bondade e fortes princípios. E quero aqui agradecer ao mundo espiritual esse poder de cura. Obrigado
ResponderExcluirUm abraço!
Marai Ivonete Simocelli